7 de fevereiro de 2011

Patriotismo Industrial

           Os interesses e vantagens no mundo capitalista e globalizado são o que ditam e pesam nas decisões entre governos e multinacionais. O mesmo ocorre com a Fiat, a sexta maior montadora de veículos da Europa em vendas.
           O anúncio do interesse em transferir a sede da montadora de Turim para Detroit, feita pelo presidente da insdústria nesta segunda feira (segue reportagem abaixo), não foi bem recebida pelo governo italiano, o qual irá, por sua vez, interpelar na decisão, alegando que a Fiat "precisa continuar sendo uma multinacional italiana".
          Interesses nacionalistas ou patriotas de amor à marca e orgulho ao brasão da montadora definitivamente não são os reais motivos para tamanha insistência por parte do governo italiano. Economicamente, a Itália apresentaria uma queda significativa em sua economia, já que vários setores dependem da empresa direta ou indiretamente para se manter e se desenvolver, a exemplo da exportação, empregos, desenvolvimento tecnológico, lucros nacionais, e muitos outros. Politicamente, o semblante italiano ficaria marcado e desvalorizado diate das comunidades europeia e mundial, visto que uma de suas maiores empresas iria acoplar-se e mudar-se para os Estados Unidos.
          Contornando a situação, a Fiat publicou que ainda avalia quatro centros administrativos após a fusão com a montadora americana Chrysler: Turim (mantendo um papel principal), Detroit, Brasil e (provavelmente) Ásia. A polêmica, todavia, foi lançada. É certo que o governo italiano irá lutar e debater, por sua 'tão amada' indústria, e também é certo que a Fiat - assim como qualquer outra multinacional - irá averiguar a situação e decidir qual será o melhor (e mais lucrativo) país e cidade sedes.

Segue abaixo o link da reportagem:
         

Nenhum comentário:

Postar um comentário