7 de dezembro de 2010

Oito Tentáculos Ordenados

                  O grande fator das "n" tarefas que fazemos ao mesmo tempo e suas consequencias foram expostos, agora, por sua vez, explanemos a solução e reparos.
                  No contexto social atual, o perfeito é cada vez mais exigido e, sabendo disso, conclui-se que na maioria das vezes errar não é permitido.
                  O bom para aqueles distraídos ou superatarefados de plantão é que a capacidade de se concentrar pode ser treinada e está diretamente ligada à motivação - por isso que muitas vezes é bem mais fácil ficar horas no Facebook do que revisando um relatório. Mas não se preocupe, caro leitor, há sim simplórias estratégias para a concentração ser direcionada a uma coisa só. Estabelecer horarios para atividades rotineiras e ter metas para o término de um afazer são algumas delas.
                 Como toda atividade é limitada, e em excesso prejudicial, manter o foco possui os princípios para não exagerar ou deixar a desejar na hora de se concentrar. Dar uma relaxada, olhar os e-mails ou recados em intervalos regulares pode ser bom e impedir que o "sistema" - ou seja, você - entre em colapso diante do caos múltiplo que assola nosso cotidiano, nosso afazer e, mais profundamente, nosso octópode ser.


1 de dezembro de 2010

Polvo Terrestre

                    A crença de ser possível - ou necessário - dar conta de tudo ao mesmo tempo vem da percepção de ganhar mais e mais tempo, otimizar a produção dos afazeres e, enfim, acabar com as nossas obrigações diárias.
                   Num mundo no qual a tecnologia nos permite falar ao telefone ao mesmo tempo em que respondemos a um e-mail ou que digitamos um trabalho, fica cada vez mais difícil se concentrar em uma única coisa.
                   Ao fazer diversas coisas ao mesmo tempo, é provável que alguma delas saia com algum defeito ou mísero erro que foi causado pela falta de atenção ou, simplesmente, pela confusão que essas "n" tarefas causam ao cérebro. "É impossível ver tudo e fazer tudo perfeitamente" diz o psiquiatra Fábio Barbirato, que conclui "[...]O cérebro não consegue processar nem tem atenção para ouvir iPod, trabalhar, falar ao telefone ao mesmo tempo. A pessoa acaba cometendo erros grosseiros. [...]".
                  Contudo, mesmo sabendo que o que foi feito acabará com alguma falha e nos deixa mais dispersos, quem realmente nunca esqueceu ou inverteu as letras em um texto, mandou um e-mail ou mensagem por engano enquanto falava ao elefone, checava os scraps, ouvia música ou conversava com a pessoa ao lado? Sabendo e tendo plena ciência das consequências, por que, então, teimamos em fazê-lo?