20 de julho de 2011

Metamorfose Social

          A simples palavra "mudança" transtorna a todos, causando calafrios e dúvidas àqueles que estão prestes a sofrê-la. A razão para tal comportamento dá-se ao medo da interferência no cotidiano, nos nossos objetivos e, principalmente, da alteração e invasão da nossa chamada 'zona de conforto'.
          O mesmo acontece no âmbito social. Uma mudança social só é possível quando o que compõe um grupo social ou uma sociedade esta disposta a se adaptar. No Brasil, uma mudança social proveniente do Colonialismo para o Patrimonialismo teria de, primeiramente, atingir a mentalidade das pessoas (daquelas que exercem ludibriadamente o Colonialismo através das elites urbanas, latifundiários rurais e militares centrais, além da população em geral), visto que a transição as atingirá de alguma maneira (seja no uso, nos costumes, nas ações ou comportamentos sociais).
          O Colonialismo, por sua vez, ocorre quando é exercido um controle ou autoridade sobre um território, uma administração, sociedade ou governo; em contrapartida, o Patrimonialismo constitui o Estado e o privado como um só. Para a mudança social de um para o outro (visto que possuem diferentes perspectivas) a transformação das relações entre as pessoas, assim como uma mudança cultural, seriam imprescindíveis e usufruiriam, outrossim, de meios materiais, técnicos, figurativos e oriundos de tradições, pensamentos e costumes para ocorrer.
          A força de vontade, a coletividade, a organização e mobilização social fundamentariam a mudança social, a qual dependeria então, de uma ideologia avassaladora, capaz de instigar o povo bradileiro a sair de sua 'zona de conforto e comodidade cultural e social' afim de promover uma transmutação de maneira significativa. Os interesses e benefícios entrariam em pauta e seriam essenciais para essa mudança que, mesmo parecendo difícil e muitas vezes uma utopia, faria a diferença e modificaria o curso da sociedade - e da história -, alterando o rumo da sociedade e da população, renovando juntamente - e quem sabe enfim - o "jeitinho brasileiro" de ser, agir e pensar.

10 de julho de 2011

Um belo dia de céu negro

          Vejo carros ao longe passando.
          Luzes móveis.
          De repente me pergunto: 'que tipo de anjos elas carregam?'

          O céu então escureceu,
          Mas o silêncio permanece.
          Acordei na calmaria
          do borbulhar do mundo.

          Fico a olhar, mas nada acontece.
          Apena luzes acesas
          na cidade de tela negra.