A crença de ser possível - ou necessário - dar conta de tudo ao mesmo tempo vem da percepção de ganhar mais e mais tempo, otimizar a produção dos afazeres e, enfim, acabar com as nossas obrigações diárias.
Num mundo no qual a tecnologia nos permite falar ao telefone ao mesmo tempo em que respondemos a um e-mail ou que digitamos um trabalho, fica cada vez mais difícil se concentrar em uma única coisa.
Ao fazer diversas coisas ao mesmo tempo, é provável que alguma delas saia com algum defeito ou mísero erro que foi causado pela falta de atenção ou, simplesmente, pela confusão que essas "n" tarefas causam ao cérebro. "É impossível ver tudo e fazer tudo perfeitamente" diz o psiquiatra Fábio Barbirato, que conclui "[...]O cérebro não consegue processar nem tem atenção para ouvir iPod, trabalhar, falar ao telefone ao mesmo tempo. A pessoa acaba cometendo erros grosseiros. [...]".
Contudo, mesmo sabendo que o que foi feito acabará com alguma falha e nos deixa mais dispersos, quem realmente nunca esqueceu ou inverteu as letras em um texto, mandou um e-mail ou mensagem por engano enquanto falava ao elefone, checava os scraps, ouvia música ou conversava com a pessoa ao lado? Sabendo e tendo plena ciência das consequências, por que, então, teimamos em fazê-lo?
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