24 de janeiro de 2011

Histórias de lutas e conquistas

          Com o passar dos anos o ser humano aprendeu a lutar por seus direitos humano, físico e trabalhista, persistindo no aprimoramento destes, com o intuito de tornar sua vida e condições mais dignas do que um dia já foi.
          Em 1888 foi proibido no Brasil o domínio do ser humano assim como do trabalho por este realizado. A liberdade foi então, conseguida pelos escravos. No século XIX, durante a Revolução Industrial, perante às precárias e exploradoras condições de trabalho, pensadores como Karl Marx e Friedrich Engels mobilizaram-se, analisaram e propuseram uma solução para as difíceis condições dos proletariados das novas indústrias dominantes: "lutem!". E assim foi feito. 
          De 1800 até os dias de hoje sindicatos, revoluções, protestos, organizações e partidos trabalhistas lutaram contra os patrões e governos por melhores salários, condições de vida, distribuição de renda, carga horária, respeito e outros valores que constroem uma parcela do ser humano atual.
          A luta pelo que baseia nossos princípios e por aquilo que fazemos não irá acabar tão cedo. Os trabalhadores encorporarão novas ideologias às leis e normas trabalhistas vigentes, através de acordos, greves e mobilizações, transformando e adequando o cenário mundial a um futuro mais digno e justo ao ser humano e seus direitos, guiando o trabalhador a um futuro de conquistas pelo seu ser e fazer.
         

19 de janeiro de 2011

Determinação perante o Cálice

         
                Sagrado: ligado sempre - mesmo que implicitamente - à religião também pode ser interligado às diversas ciências humanas, como a antropologia, a sociologia, a psicologia e a história.
                Ao decorrer da história, o ser humano lidou de diversas formas com o efeito enigmático do sagrado sobre a humanidade, o qual possui funções como manter o ser e conservar a realidade deste (que por medo, adoração ou gratidão 'diviniza' o objeto ou ser sagrado de alguma maneira).
                O sagrado influi sobre a humanidade e resulta na sua própria capacidade de simbolizar, atribuindo aos objetos, coisas, espaços e seres um novo significado, tornado-os, então, sublimes.
               Intensamente presente nas atividades e reações humanas, o sagrado, portanto, não se resume apenas à religião, mas outrossim, à pura necessidade do ser humano de apegar-se e transceder uma coisa, um ser, um lugar, e outros símbolos, venerando e consagrando enfim, a potência sobrenatural que guia o nosso ser. 

4 de janeiro de 2011

Memórias de uma tarde

               Diante um ano novo que começaria, a chuva caía ininterruptamente, as palavras revelavam-se em um olhar, poemas e histórias diversas ludibriavam o tempo e o dia que nunca dizia adeus. Obrigada pelas palavras e risos, pelos fogos de artifício, pela magia que, nesta tarde, você pôde nos proporcionar.

   EM TEMPO

"O  tempo tudo destrói.
Até as palavras e o seu sentido.
Compete ao poeta agir no eixo implavcável de Cronos
para restaurar essa catexis e reatar a ligação
entre o Eu e o Outro.
Compete ao poeta recuperar a palavra.
A palavra primitiva não era descritiva,
mas certamente emotiva.
A palavra primitiva era a prórpia emoção.
No princípio era o fonema.
Do grunhido à palavra.
Esta, já atrelada ao morfema tornou-se vulnerável
à escamoteação, à mentira, tendo que lutar
contra tudo aquilo que a distanciava de sua
pureza original, do seu estado natural.
A função do poeta é desindexar a palavra.
Desintoxicar os morfemas e lexemas, tratando-os
e lavando e polindo e burilando.
Rousseau lembrava que na língua árabe havia mil
palavras para designar o camelo.
A língua gera seus filhos numa relação de amor.
Nascem palavras.
A língua árabe criou mil filhos para designar
um referente camelo porque havia uma intensa
relação entre o camelo e a sociedade.
Assim é o poeta.
Ele recria a possibilidade de amor, trilhando
um caminho onverso através da língua ele mostra
às pessoas novas possibilidades de compreender.
Ora, compreender é amar.
Procurei tomar-lhes o mínimo tempo possível.
Por favor, leiam."

                              Sérgio Graciotti Machado


   O INSTANTE

"uma bolha cresce
na boca da garrafa
como ilusão
depois explode"

                              Carlos Roberto Aricó


   MEU TEMPO

"poster de "Che" Guevara
aspiração solene no tempo mudo
tudo, tudo proibido
tudo calorosamente dolorido

enducerer
"sin perder la ternura"
belo sonho romântico
antes fosse esquecido

emudecer,
perder a ternura
exigência despótica
na cruel ditadura

gravura impressa, Renoir
impossível se expressar
impressionismo, expressionismo?

contudo o mudo cinismo
a honra à beira do abismo"

                              Carlos Roberto Aricó


   SONHO ECOLÓGICO

"a paz era tanta
que a bomba dormiu

sonhava que os átomos
brincavam de ciranda"

                              Carlos Roberto Aricó